Caressil é
uma cidade pequena, do interior do interior, mas que surpreendentemente, por
esse motivo, fica ao lado de Great Caressil (não muito imaginativo...) uma das
maiores metrópoles do país.
Em Caressil, vive um rapaz chamado Jonathan xxxxxxxxxx,
cujo sobrenome não é importante, e a quantidade de “X” não representa nenhum número de letras específico, boa sorte tentando adivinhar. Ok, acontece que Jonathan,
sendo um morador de uma cidade tão pequena e com uma população tão simplória,
como era a população de Caressil, também era simplório. Fato que era agravado
pela pouca frequentação... essa palavra existe? Certo, baixa freqüência de
visitas que prestava a Great Caressil. Mas ele não é tão simplório quanto a
maioria das pessoas que moram na cidadezinha. Tem um hábito de leitura bastante
saudável, que adquiriu muito jovem (bom, ele continua sendo muito jovem).
O importante a saber sobre ele, é que ele é
sim, um pouco simplório. Ou sei lá, talvez não, talvez seja apenas uma
impressão causada pelo seu excesso de idealismo e pelo seu jeito sonhador.
Talvez ele saiba mais do que todos nós, vai saber? São muitos “talvezes”.
Outra coisa importante a se saber sobre
Jonathan, é que ele é, desde sempre e para sempre, apaixonado por sua amiga
Laura. Detalhes dessa característica são o fato de ele nunca admitir, o de
seu melhor amigo, Joseph, saber disso com toda a certeza mesmo assim, e
também, o de ela corresponder esse amor desde a primeira série. Ok, este último
não pode ser considerado um detalhe, mas é claro que ele não sabe ainda que
está perdendo tempo.
Com isso dito, já deve ter ficado claro para
você, leitor – mesmo que eu não tivesse mencionado uma ou duas vezes - que
estamos diante de uma história protagonizada por sonhadores, inocentes, idealistas
e simplórios. Uns mais que os outros. O tipo de pessoa, que eu como um contador
de histórias, mais gosto, e mais admiro. O tipo de pessoa que eu mais invejo.
Mas não pense que a história é inteira
simplória. Ela é sim, em alguns pontos, deliciosamente inocente, como se
tivesse saído da cabeça de uma criança levemente mais madura que o normal (na
verdade saiu...), e que cresceu vendo muitas comédias românticas sobre amores
platônicos (também confere). E a história não é exatamente centrada nos
romances. Também acontecem maluquices, um cara sinistro aparece, pessoas andam
de bicicleta enquanto tentam matá-las, e dizem; dizem, que no final tem uma
reviravolta previsível que tem a ver com córneas.
Ah, já ia esquecendo, tudo começa por causa
de um clarão no campo, e um livro muito louco.