sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Roda - Início


Caressil é uma cidade pequena, do interior do interior, mas que surpreendentemente, por esse motivo, fica ao lado de Great Caressil (não muito imaginativo...) uma das maiores metrópoles do país.

  Em Caressil, vive um rapaz chamado Jonathan xxxxxxxxxx, cujo sobrenome não é importante, e a quantidade de “X” não representa nenhum número de letras específico, boa sorte tentando adivinhar. Ok, acontece que Jonathan, sendo um morador de uma cidade tão pequena e com uma população tão simplória, como era a população de Caressil, também era simplório. Fato que era agravado pela pouca frequentação... essa palavra existe? Certo, baixa freqüência de visitas que prestava a Great Caressil. Mas ele não é tão simplório quanto a maioria das pessoas que moram na cidadezinha. Tem um hábito de leitura bastante saudável, que adquiriu muito jovem (bom, ele continua sendo muito jovem).

  O importante a saber sobre ele, é que ele é sim, um pouco simplório. Ou sei lá, talvez não, talvez seja apenas uma impressão causada pelo seu excesso de idealismo e pelo seu jeito sonhador. Talvez ele saiba mais do que todos nós, vai saber? São muitos “talvezes”.

  Outra coisa importante a se saber sobre Jonathan, é que ele é, desde sempre e para sempre, apaixonado por sua amiga Laura. Detalhes dessa característica são o fato de ele nunca admitir, o de seu melhor amigo, Joseph, saber disso com toda a certeza mesmo assim, e também, o de ela corresponder esse amor desde a primeira série. Ok, este último não pode ser considerado um detalhe, mas é claro que ele não sabe ainda que está perdendo tempo.

  Com isso dito, já deve ter ficado claro para você, leitor – mesmo que eu não tivesse mencionado uma ou duas vezes - que estamos diante de uma história protagonizada por sonhadores, inocentes, idealistas e simplórios. Uns mais que os outros. O tipo de pessoa, que eu como um contador de histórias, mais gosto, e mais admiro. O tipo de pessoa que eu mais invejo.

  Mas não pense que a história é inteira simplória. Ela é sim, em alguns pontos, deliciosamente inocente, como se tivesse saído da cabeça de uma criança levemente mais madura que o normal (na verdade saiu...), e que cresceu vendo muitas comédias românticas sobre amores platônicos (também confere). E a história não é exatamente centrada nos romances. Também acontecem maluquices, um cara sinistro aparece, pessoas andam de bicicleta enquanto tentam matá-las, e dizem; dizem, que no final tem uma reviravolta previsível que tem a ver com córneas.

  Ah, já ia esquecendo, tudo começa por causa de um clarão no campo, e um livro muito louco.