Dualidade



Alexandre Barbosa da Silva




Prólogo




O lobo enorme o atacava ferozmente. Quando erguia-se e nas patas traseiras era mais alto que o rapaz segurando a espada. 

Os dois se encontravam no terraço de um prédio que devia ter uns quarenta andares. A noite estava clara devido a grande lua cheia e toda a iluminação da cidade. O rapaz estava agüentando firme pra não ser jogado lá de cima a cada investida de garras e dentadas do monstro. Quando este saltou para uma investida aérea, o rapaz tomou uma posição de ataque. A espada posicionada como se fosse um taco de baseball enorme e prateado, pronto para causar um home run. 

E foi exatamente o que aconteceu. Quando o monstro estava prestes a cair em cima dele, ele o golpeou com toda a força. O monstro usou as garras para se defender, mas foi atirado para fora dos limites do terraço, em queda livre.

“Não, não, não! Ele não pode cair! Isso não é culpa dele!”, pensou o rapaz.

Quando correu até a beirada para ver o que tinha feito, surpreendeu-se com o cão, que escalava o prédio com as garras, em alta velocidade. 

O rapaz não sabia se ficava aliviado ou com medo enquanto o lobo aproximava-se ainda mais feroz.