quarta-feira, 1 de junho de 2011

Diário das Trevas

Escrito Por: Édiner .R. Silveira

A vida da gente na maioria das vezes é normal, escola, trabalho, amigos, casa, final de semana, sair, filmes e claro dormir, eu particularmente sempre gostei mais da noite, além de ser mais intrigante e misteriosa que o dia a noite sempre me mostrou uma das coisas mais legais que se tem para fazer! Olhar as estrelas e escutar o som do mar! Mas o que eu mais fiz a minha vida toda foi reclamar, por que reclamar? Ora obvio que graça tem a vida quando ela é sempre a mesmice, bom eu não tenho namorada então a minha vida principalmente sempre foi uma mesmice só, talvez por isso eu sempre tenha gostado mais de filmes de ficção cientifica e de terror, Matrix, Alien, Senhor dos anéis, Harry potter, quem nunca quis ir estudar na escola de magia de hogharts aquela mesma igual a do filme e a dos livros, seria algo incrível, mas logo quando agente termina de ver um desses filmes ou de ler o livro tudo volta ao normal é por isso que eu acho a vida como ela é uma completa chatice.
Bom eu estou falando tanto, mas ainda não me apresentei meu nome é Josh eu moro com a minha mãe e meu irmão mais velho tenho 16 anos de idade estou no ensino médio tenho uma vida normal, normal até demais minha rotina sempre foi a mesma, dormir tarde acordar quase na hora do almoço ir para a escola de tarde voltar para a casa estudar depois mexer no computador ler algum livro e outras coisas desse gênero e claro antes de dormir vegetar um pouco, bom com o tempo isso enche o saco, nos finais de semana o que eu faço depende do que eu ou os meus amigos decidimos então é uma verdadeira loteria, mas nos dias de chuva o tédio quase me consome, então o melhor a fazer é dormir com o barulho da chuva, você deve estar pensando que eu sou um daqueles garotos mimados que só sabem reclamar, mas não é bem isso eu estou falando isso tudo porque muitas vezes agente reclama das coisas literalmente de barriga cheia eu sempre reclamei, mas quando a vida da gente muda nós lembramos como ela era boa e não damos valor eu não acho que a vida normal seja uma coisa chata e sem graça pelo menos não mais depois de tudo que aconteceu, quando a escuridão tomou conta do mundo e nada mais foi igual. Mas eu vou começar a contar essa história pelo começo.
Capitulo 1: coisas que não sabemos explicar.
O dia parecia normal era começo do inverno e apesar de frio o sol era muito bem vindo para aquecer as mãos e o corpo, o céu estava limpo completamente azul naquele começo de tarde, o almoço estava pronto, porém minha mãe não estava em casa, pois estava trabalhando ela é gerente de uma loja de bolsas de marca só restava eu e meu irmão mais velho, ele se chama Bob tem 18 anos de idade e está estudando para entrar em uma faculdade, durante a semana agente sempre almoça sozinhos e nos finais de semana a mãe esta com agente, eu e o meu irmão nos damos na medida do possível bem, na verdade acho que é quase raro algum caso de irmãos que vivam em completa harmonia e paz, mas eu e o Bob nos entendemos bastante. Eu almocei escovei meus dentes como de costume enfiei a mochila nas costas e fui para a escola que para minha sorte é perto da minha casa então eu não tenho que pegar ônibus nem nada do tipo além de poder sair mais tarde de casa que eu sempre chego a tempo.
Eu me despedi do meu irmão, e na verdade foi a ultima vez que eu o vi, ele estava feliz com um sorriso no rosto, no dia anterior eu tinha escutado ele no telefone falando com um amigo sobre uma garota que ele estava gostando, talvez fosse esse motivo daquele sorriso espontâneo, ele me deu um tchau incomum, aqueles de irmão que sem importam com agente, algumas horas depois provavelmente ele saiu para ir ao curso pré-vestibular e como todas as outras pessoas que eu conheço nunca mais o vi até hoje.
Muitas vezes eu me senti como se alguém estivesse me seguindo no caminho para a escola, ou me observando de algum lugar, eu não tinha uma explicação para isso, mas naquele dia de alguma forma parecia mais intenso que o comum.
Após alguns minutos de caminhada eu estava na escola, aquele trajeto era tão comum para mim que eu ia no piloto automático, se eu estivesse vendado seria capaz de chegar no mesmo tempo que com os olhos abertos, nesse percurso eu ia pensando sobre coisas simples como aquela prova super difícil que havia naquela semana, ou pior nas duas ou três provas que teria de fazer no mesmo dia, e que conseguia complicar a minha pacata vida.
A escola foi normal, algumas aulas legais, outras pareciam mais um funeral interminável em que as horas se arrastavam, na minha opinião o problema não são as matérias e sim os professores, tem os que sabem fazer os alunos se interessarem por pior que seja sua visão da matéria e outros que conseguem tornar a aula uma guerra contra o sono por mais interessante que seja. Conversei com os meus amigos normalmente e já estava imaginando o que ia fazer quando chegasse em casa como de costume.
Perto da hora de ir para casa podia-se escutar uma espécie de trovoadas que lentamente foram se tornando mais frequentes e fortes, tudo bem trovoadas não são nada de mais, significa que vai chover, mas eram trovoadas que vinham do céu completamente azul de um  horizonte a outro, eu achei aquilo simplesmente legal, mas não posso negar senti um frio no estomago. Os trovões não tinham relâmpagos, nuvens e tão pouco raios e estavam vez após vez mais fortes chegando ao ponto de fazer as classes e cadeiras  das salas de aula vibrarem, meu coração estava acelerado, meus colegas e a professora estavam com uma expressão de susto estampados no rosto, inquietos todos espiavam pelas janelas da sala procurando algum sinal de um temporal se aproximando no céu. Eu comecei a pensar em varias hipóteses do que poderia ser aquilo, cheguei a pensar que fossem bombas e que alguma guerra poderia ter começado, mas eram trovões esbravejando pelo céu e apavorando as pessoas, tão fortes naquele ponto que eu sentia o lanche que havia comido no recreio chacoalhar dentro do meu estômago, foi então que todos nós escutamos um grito de uma garota na entrada da escola, um grito tão forte que metade dos estudantes e professores escutaram, todos saíram das salas em direção a garota em meio aos trovões.
Eu esperei a maioria dos meus colegas saírem da sala e então fui até onde estava a garota, havia algumas pessoas paradas olhando pra o céu na direção do horizonte com as bocas abertas e outras aos gritos correndo pegando seus pertences e correndo, eu parei no pátio e olhei na direção em que todos estavam olhando, uma nuvem massa negra e densa vinha tomando a cidade lentamente, do asfalto até o céu a perder de vista, aquela nuvem completamente negra tomava a cidade, ao longe dava para escutar mais gritos barulhos de sirenes, um frio me percorreu a espinha meu coração acelerou a primeira coisa que me veio à cabeça foi correr para casa, fui até a sala peguei minha mochila e sai em disparada em direção a minha casa, no caminho havia caros em alta velocidade ignorando sinais de transito, ônibus batidos contra postes, carros capotados e pessoas correndo, a nuvem negra vinha engolindo tudo ao seu caminho mergulhando a cidade completamente nas trevas, eu estava correndo o máximo que podia a nuvem negra estava apenas uns dez metros de distância quando cheguei na porta de casa, não tinha ninguém então tive que procurar as chaves no bolso da calça, a nuvem vinha cobrindo absolutamente tudo quando alcançou a minha rua um carro desgovernado perdeu completamente o controle e capotou fazendo chover faíscas pelo asfalto. A nuvem estava a apenas 3 metros era impossível enxergar para dentro dela e eu não achava a droga da chave, uma mulher vinha correndo quando foi engolida pela escuridão e em seguida começou a gritar, gritos de terror como se a pior coisa do mundo lhe houvesse acontecido, eu não achava as minha chaves, sentia que iria morrer a qualquer momento.

Próximo Cápitulo dia 17/06/11

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