Então tinha esse
cara. Ele queria algumas coisas. Uma dessas coisas poderia vir de diferentes
fontes, embora fosse desde que se lembrava, sua busca mais importante e,
dolorosamente, mais infrutífera.
Se algo pode vir de
vários lugares, o que exatamente diferencia o produto final com base em sua
origem? Esse cara não sabia explicar sem dizer que talvez ele só veja um
potencial maior em algumas coisas do que em outras. Pode estar errado, pode ser
um sentimento temporário e ele sabe disso, mas no momento, em algumas
possibilidades ele vê a grandeza e em outras nem tanto.
Ele sentia que havia
um lugar onde ele deveria procurar primeiro, pois se ele conseguisse antes em
outro, achava que sempre se perguntaria “E se...”. E pra esse cara, nada é pior
que o escravizante “E se”.
Na mente desse cara,
é bastante claro que conseguir seu objetivo da sua fonte principal seria muito
mais difícil. Cada queda dói mais. Mas cada vitória é mais trabalhosa e, portanto,
pra ele, mais recompensadora.
Ele então ouve uma
música que expressa muito melhor seu sentimento do que ele mesmo consegue.
Racionalmente ele consegue explicar muito bem pra si mesmo. E disseram pra ele
uma vez que ele tem certo jeito com as palavras escritas (algo que ele nunca realmente
se convenceu). Mas na cabeça dele ele vê... uma mensagem quase cifrada - mas
não menos sincera por causa disso - jogada ao universo como uma garrafa que é jogada
ao mar, com a esperança de que seja achada no lugar certo.