domingo, 29 de março de 2015

E Se...

  Então tinha esse cara. Ele queria algumas coisas. Uma dessas coisas poderia vir de diferentes fontes, embora fosse desde que se lembrava, sua busca mais importante e, dolorosamente, mais infrutífera.

  Se algo pode vir de vários lugares, o que exatamente diferencia o produto final com base em sua origem? Esse cara não sabia explicar sem dizer que talvez ele só veja um potencial maior em algumas coisas do que em outras. Pode estar errado, pode ser um sentimento temporário e ele sabe disso, mas no momento, em algumas possibilidades ele vê a grandeza e em outras nem tanto.

  Ele sentia que havia um lugar onde ele deveria procurar primeiro, pois se ele conseguisse antes em outro, achava que sempre se perguntaria “E se...”. E pra esse cara, nada é pior que o escravizante “E se”.

  Na mente desse cara, é bastante claro que conseguir seu objetivo da sua fonte principal seria muito mais difícil. Cada queda dói mais. Mas cada vitória é mais trabalhosa e, portanto, pra ele, mais recompensadora.


  Ele então ouve uma música que expressa muito melhor seu sentimento do que ele mesmo consegue. Racionalmente ele consegue explicar muito bem pra si mesmo. E disseram pra ele uma vez que ele tem certo jeito com as palavras escritas (algo que ele nunca realmente se convenceu). Mas na cabeça dele ele vê... uma mensagem quase cifrada - mas não menos sincera por causa disso -  jogada ao universo como uma garrafa que é jogada ao mar, com a esperança de que seja achada no lugar certo.

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