terça-feira, 23 de agosto de 2011

Diário das Trevas - Capítulo 10

Depois de uma semana sem capítulo está aqui o capítulo 10, nesse capítulo a hístoria começa a caminhar para o fim e consequentemente responder todas as perguntas e mistérios que a história vem mostrando. Sexta-feira dia 26/08/2011 vou postar o capítulo 11 e nesse haverá algumas surpresas. Até lá espero que curtam o capítulo 10.
Abraços.
Capítulo 10: O fim está próximo...
Por um golpe de sorte eu abri o porta-luvas do carro em meio ao desespero. Foi então que para minha surpresa havia uma coisa que poderia salvar a vida do meu pai dentro daquele porta-luvas.
Eu não tinha certeza se sabia usar aquilo, mas o tempo se esvaia por entre os meus dedos, era uma arma, um 38 para ser mais especifico. Estava carregado com as seis balas, de fato era suficiente mesmo que eu errasse um ou dois tiros.
Eu apontei a arma bem na cabeça do ser que berrava na porta do carro e sem hesitar engatilhei e disparei. O tiro foi certeiro fazendo-o cair no chão, rapidamente pulei para o banco do motorista e dei a partida no carro, quem disse que vídeo-game não é útil? Acelerei cantando o pneu e fui em direção a onde estava o meu pai.
Ouvi um barulho seguido de um estrondo em cima do carro, com certeza era algum daqueles seres que havia pulado sobre o carro. Freei o carro ao lado de onde estava meu pai, fiquei alguns segundos tomando coragem para sair do mesmo e enfrentar tudo aquilo. Olhei para Jayne ela estava desacordada com seu rosto delicado sobre o banco.
Abri a porta e posicionei a lanterna abaixo da arma para apontar junto com a arma e atrapalhar aqueles seres, respirei fundo e sai... É impressionante como em situações de desespero nós seres humanos buscamos forças que pensávamos não ter para enfrentar nossos medos e problemas. Essa força brota principalmente por termos alguém para proteger e nos apoiar nas horas mais difíceis, quantas vezes eu escutei histórias de pessoas que haviam superado seus próprios limites para proteger alguém que amavam muito, eu estava experimentando aquela sensação, era com se não houvesse barreiras intransponíveis para mim naquele momento.
Eu sai, e como se fosse câmera lenta enxergava aqueles três seres restantes olhando para mim com todo o ódio possível, eles berravam a plenos pulmões, porém eu não os podia escutar. Dois estavam nas laterais do carro e o outro em cima do mesmo. Eu apontei a arma para o que estava em cima do carro e disparei. Parecia que cada segundo havia se tornado cinco e eu pude ver lentamente seu corpo ser atingido pela bala e cair rolando pela lateral já sem vida.
Sem pensar duas vezes apontei a arma para outro ser e disparei derrubando aquele monstro cheio de ódio no chão, porém minha sorte havia se esgotado e o ultimo que sobrara já estava pulando na minha direção. Com uma agilidade absurda ele me agarrou pelo pescoço e começou a me estrangular, tudo foi ficando lentamente escuro.
Você acredita em destino? Ou tudo não passa de probabilidades aceitáveis em um mundo de possibilidades? Você é dono da sua vida, ou tudo já esta escrito em algum fragmento de estrela que brilha por você na imensidão do céu?
A sua felicidade.
A sua desgraça.
Um sorriso um choro, uma alegria e uma decepção.
Tudo já foi escrito, ou você simplesmente é a própria causa da sua vida, você é seus próprios méritos?
Vocês são as suas próprias oportunidades de vida que se alimentam da esperança e da curiosidade que é a vida?
Você é dono de seus próprios sonhos, da sua própria liberdade, dos seus próprios sentimentos?
Eu acredito que...
Enquanto tudo ia ficando escuro eu observei o olhar daquele ser e de fato ele era diferente daqueles que eu havia encontrado no meu quarto. Esses que eu estava enfrentando agora tinham rosto e expressões, os que estavam no meu quarto tinham  rostos iguais há humanos porem acinzentados sem expressões e olhos, eram diferentes.
Enquanto eu observava o olhar daquele monstro eu pude penetrar em suas lembranças de forma semelhante ao que havia acontecido comigo anteriormente. Eu vi um homem brigando com a filha por algum motivo e em seguida brigando com a mulher. Quando olhei novamente para os olhos daquele monstro por um momento pensei ter visto lágrimas, mas quando pisquei notei que era minha imaginação.
Eu já estava sem forças estava à beira da morte, então juntei o resto das minhas energias e dei um tiro cego que acertou as costelas daquele ser, que caiu no chão aos berros, um remorso me invadiu o coração, sem opções dei um tiro para acabar com o sofrimento daquele ser.
Eu estava começando a entender uma parte de tudo aquilo que havia acontecido, faltavam algumas respostas, porém tudo estava começando a ficar claro mostrando uma fagulha de esperança que talvez pudesse iluminar toda aquela escuridão...

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