terça-feira, 9 de agosto de 2011

Diário das Trevas - Capítulo 9

Capítulo 9: Mergulhando na escuridão.
Eu queria tanto poder levantar da minha cama e descobrir que tudo que havia acontecido não passava de um sonho. Seria com certeza uma sensação agradável, porém não era mais do que um desejo meu.
No meu desespero e na falta de tempo a única coisa que me ocorreu foi gritar para o meu pai salvar Jayne, a garota que eu amo e que por algum motivo estava correndo desesperadamente, tentando fugir daqueles seres que brotavam da escuridão. Eu não sabia se o meu pai seria capaz de parar o carro a tempo ou fazer alguma manobra devido a velocidade que o carro estava.
Notei então que ele já tinha visto a garota e pelo seu olhar ele tinha algum plano maquinando dentro de sua cabeça. Ele repentinamente virou o volante do carro para a direita passando por cima da calçada, a alguns metros dali naquela mesma calçada Jayne corria aos tropeços quase se entregando a exaustão.
- Pegue essa lanterna aponde para as suas costas e ligue quando eu disser. – Disse meu pai tentando manter o controle da situação.
Eu concordei com a cabeça, em seguida olhei para trás, os seres encapuzados continuavam ao nosso encalço freneticamente sem dar trégua. Eu estava com o coração a mil, segurava a lanterna firmemente em minhas mãos determinado a superar tudo aquilo.
Meu pai acelerava cada vez mais até que finalmente havia alcançado os seres encapuzados que perseguiam Jayne. Com muita precisão ele jogou o carro por cima daqueles seres os atropelando. Eu pude ver como se fosse em câmera lenta seus corpos rolando por cima do capo do carro e em seguida serem jogados com brutalidade no meio da rua.
- Agora! Ligue a lanterna. – Gritou meu pai.
Eu me virei imediatamente e liguei a lanterna na direção dos seres encapuzados que nos perseguiam. A luz era extremamente forte e ofuscante fazendo-os parar no mesmo instante. Meu pai não perdeu tempo e saiu do carro para ajudar Jayne que estava caída no chão vencida pela exaustão.
O céu continuava avermelhado no centro seguido de relâmpagos  de mesma cor, parecia um cenário apocalíptico o vento ainda soprava, porem com menos força.
- Continue apontando a luz na direção deles! – Gritou meu pai enquanto pegava Jayne no colo e voltava para o carro.
Os seres encapuzados estavam agonizando perante aquela luz, eles tentavam defender seus rostos com as mãos estendidas sobre os mesmos. Em alguns momentos eles davam passos para os lados meio que desnorteados, porém eu os seguia com a luz intensa da lanterna. A luz era tão forte que até eu me sentia incomodado, tamanha era sua intensidade. Meu pai entrou no carro em seguida e colocou Jayne cuidadosamente no banco de trás, eu continuava dando cobertura determinado em atrapalhar aqueles seres.
Meu pai se ajeitou no banco, colocou a mão sobre a alavanca de marchas do carro engatando a primeira e finalmente puxou a porta para fechá-la e finalmente seguirmos em frente. Foi nesse momento em que a porta vinha para se fechar que um ser surgiu na porta do carro e agarrou o braço do meu pai.
Era um dos seres que meu pai havia atropelado, porém este estava sem capuz, diferente dos outros tinha olhos avermelhados cor de sangue seu nariz era parecido com o de um focinho de cachorro e seus dentes pareciam cerras pontiagudas. Ele olhou para o meu pai e soltou um berro rouco e apavorante em seguida o puxou e o arremessou para fora do carro com uma força extraordinária.
Seu corpo rolou pelo asfalto como se fosse um boneco de pano sem vida. Eu imediatamente apontei a luz da lanterna na direção daquele monstro bizarro, porém aquilo era um problema, pois os dois seres encapuzados que eu estava detendo agora estavam livres. A situação estava ficando a cada segundo que passava mais sufocante.
Seria burrice se eu sair do carro com a lanterna para ir ajudar o meu pai pensei comigo mesmo, pois os seres iriam invadir o carro e pegar Jayne, eu não tinha o tempo como meu aliado, em alguns instantes aqueles outros seres iriam para cima do meu pai, eu tinha que fazer alguma coisa. Por um golpe de sorte eu abri o porta-luvas do carro com uma mão enquanto segurava a lanterna que matinha o ser ocupado com a luz. Foi então que para minha surpresa havia uma coisa que poderia salvar a vida do meu pai dentro daquele porta-luvas.


Aviso: Semana que vem talvez não haja capítulo, pois como tenho alguns trabalhos da faculdade e outras tarefas não me sobre tempo para escrever para o blog.

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