Capítulo 4: Razão para Temer.
Eu senti como se o tempo tivesse ficado mais lento aquele seria o momento da minha vida onde grandes mudanças iriam acontecer, onde a forma como eu enxergava as coisas mudaria drasticamente, depois de assistir a tudo aquilo me arrependi por não tapar os ouvidos, mas o choque foi tão grande que eu fiquei sem ação por um tempo.
Os vultos tocaram a campainha da porta, alguns segundos depois as vozes que vinha da casa dos meus visinhos cessaram, acho que eles esperavam alguém ou estavam curiosos com quem poderia ser naquela situação. A porta se abriu lentamente era a minha vizinha que havia ido atender, ela ficou parada, pois acho que ela não conseguia ver os rostos dos sujeitos um silêncio pairou, eu olhei para o meu relógio apesar de estar escuro marcava 6 horas da tarde, era para começar a escurecer naquele horário.
Ela se inclinou tentando ver os rostos dos sujeitos que permaneciam imóveis como se estivessem esperando por algo, quando ela finalmente enxergou suas faces um grito de pavor rompeu com o silêncio, ela caiu no chão apavorada se arrastando desesperadamente para dentro da casa, em seguida os dois seres cobertos pela manta escura entraram na casa. Foi nesse momento que eu desejei tapar os ouvidos, mas fiquei sem reação. Vário gritos de pavor começaram a vir da casa, barulhos de móveis caindo e quebrando vinham de vários cômodos os vidros das janelas estouraram seguidos de mais gritos que pareciam vir do fundo da alma daquelas pessoas.
Repentinamente as luzes da casa se apagaram e os gritos cessaram por completo, o pavor me tomou conta não quis esperar ali para ver algo mais assustador ou pior chamar a atenção, eu sai correndo me certificando que a casa estava fechada em seguida apaguei a ultima vela que estava no banheiro e fui para o meu quarto, tranquei a porta e me deitei na cama em baixo dos cobertores, me sentia seguro ali de baixo, nada seria capaz de me achar, na minha cabeça eu ficava tentando me convencer que a minha casa estava bem fechada e que não havia luzes ligadas nem nada do tipo que pudesse chamar a atenção de ninguém.
Embaixo dos cobertores acabei me perdendo em meus pensamentos e finalmente dormindo. Quando agente dorme por mais que tenhamos problemas, todos desaparecem é como se a realidade se alterasse sejam sonhos bons ruins ou malucos todos eles parecem melhor que encarar a realidade, até mesmo quando agente não sonha coisa alguma é melhor do que o medo, o medo da vida real...
Eu acordei embaixo das minhas cobertas ainda, estava bem quente, mas eu fiquei completamente perdido no tempo, não sabia que horas eram minha boca sentia sede, apalpei meu bolso e achei meu celular, apertei o botão do menu e percebi que a bateria estava na metade da carga total, mas aquilo não era um problema afinal ainda havia energia elétrica, se eu desligasse podia correr o risco de perder a ligação de alguém.
No relógio do celular marcava exatamente 22:38, ou seja, eram dez horas da noite e quase onze horas como eu costumava falar para a minha mãe quando ela me perguntava que horas eram, essas lembranças fizeram minha saudade e preocupação aumentarem, empurrei os cobertores para os pés da cama e fiquei sentado no colchão esfregando os olhos. Repentinamente um arrepio me percorreu a espinha como uma premonição e em seguida um barulho de passos dentro da minha casa quase me fez ter um ataque cardíaco logo depois um barulho de algum objeto caindo no chão confirmou o que eu mais temia, havia alguém dentro da minha casa, mas o que mais me intrigava era quem poderia estar dentro da minha casa.
Próximo Capítulo Dia: 08/07/2011
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