Capítulo 5: Visitas indesejadas.
Meu coração batia rápido era a única coisa em meio ao silêncio tenebroso que eu podia escutar além dos passos que vinham da sala, eu tive a sensação de que a minha cabeça iria começar a girar até eu cair no chão e chamar a atenção dos intrusos. Mas pensando bem por um lado poderia ser a minha mãe ou o meu irmão, talvez eu estivesse muito assustado pelo que tinha visto algumas horas mais cedo na casa vizinha e por isso estava tão abalado. A dúvida de quem poderia estar na sala me corroia por dentro, eu não podia correr o risco de me enganar.
Resolvi me levantar lentamente e ir até a porta para tentar escutar alguma conversa ou voz que me ajudasse a distinguir quem era, a porta do meu quarto estava trancada e isso fazia me sentir um pouco mais seguro em meio aquele clima tenso que pairava no ar.
Parei em frente à porta e aproximei meu rosto próximo à mesma para tentar escutar melhor, eu ainda conseguia ouvir barulhos baixos que indicavam que ainda havia alguém ali, coloquei uma mão sobre a maçaneta e a outra na chave, estava decidindo dentro de mim se abria ou não a porta, até que uma pensamento me ocorreu; Se fosse minha mãe ou meu irmão eles não estariam se movimentando dentro da casa com cuidado, pois já conheciam a mesma, ou seja, era alguém ou algo que não conhecia o ambiente da casa e por isso se movimentava lentamente, parecendo observar o local desconhecido em busca de algo ou alguém, talvez eu!
Meu coração acelerou mais ainda, como nunca havia batido antes, com certeza aquela era a melhor oportunidade para mim saber se tinha algum problema do coração. Eu me afastei da porta com os olhos arregalados tremendo.
Sentei na cama, mas estranhamente eu não sentia medo ou pavor a possibilidade de que aqueles seres encapuzados estivessem na sala da minha casa havia arrancado meus sentimentos, na verdade eu estava em estado de choque, não conseguia mexer meus dedos muito menos os braços ou as pernas, estava completamente paralisado, um sentimento agonizante me tomou eu não conseguia respirar, sentia vontade de gritar profundamente com todas as minhas forças até ficar rouco ou morrer.
Involuntariamente lágrimas verteram dos meus olhos e rolaram pelo meu rosto, quando senti o calor das lágrimas na minha pele consegui voltar a mim e mexer as pernas, braços e tudo mais. Repentinamente os passos dentro da sala se tornaram mais fortes, como se algo tivesse sido descoberto.
Começaram a andar como se tivessem encontrado algo, ouvi as portas dos cômodos serem abertas uma a uma seguidos de barulhos de coisas sendo reviradas, era questão de tempo até que chegassem no meu quarto e conseguissem arrobar a porta que estava trancada. Os passos pararam e em seguida começaram novamente, definitivamente eram dois sujeitos, pessoas ou coisas seja lá o que fossem estavam a caminho do meu quarto. Eu pude ver como se fosse em câmera lenta a maçaneta girar seguida de batidas violentas na porta, não havia para onde ir eu estava encurralado...
Próximo Capítulo Dia: 15/07/2011
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